segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Uma breve retrospectiva de 2014

2014 foi um ano intenso. É o que mais ouvimos falar. Me lembro que ao início do ano, eu li que era regido sobre o signo chinês do cavalo e eu só pensava que ia passar a galope... O problema é que houve os galopes e os coices também.

Talvez a palavra exata para 2014 tenha sido aprendizagem. Querendo ou não, era para aprendermos algo, não importasse em qual âmbito da vida.

O mais radical desse ano que se passou em minha vida foram as mudanças no emocional. Eu fui uma verdadeira montanha russa. O choque entre duas realidades de vida foram tão, mais tão intensas, que eu sai do eixo, sai dos trilhos. E, talvez, seja isso o que aconteça com a maioria das mães no primeiro ano de vida dos seus filhos e que coincidiu com um ano também ele difícil.

Para começo de conversa eu mal vi os três primeiros meses do ano passar. Eu tinha uma meta e essa meta era concluir o meu mestrado e eu tinha o prazo exato desse começo de ano. Então, juntou-se a rotina louca da pesquisa e escrita final e revisões da dissertação, com o início louco que é a vida da mãe de primeira viagem. Durante muitos dias, Clara dormiu ao meu lado no carrinho enquanto eu lia/escrevia compulsivamente para estar dentro do prazo.

Deu certo. Passou. Em abril, eu era finalmente mestra em história. E Clara fez 4 meses e começamos a chegar na fase final da amamentação exclusiva. 

Entre maio/junho eu tive a primeira crise de desgaste por cansaço físico, travei mesmo, de ligar para minha mãe e pedir socorro por que não me movia... O último mês de amamentação exclusiva foi na raça, todos falando "larga de mão"... E mãe larga de mão? Venci. VENCI! Ufa...

Dai minha mãe quebrou o pé e tivemos mais uns dias tensos por aqui... E nesse meio tempo pouco eu tinha privacidade em minha casa, que mês sim e mês não recebia visitas de mais de quinze dias...
Tempo para músicas? Tempo para leituras? Tempo para escrever? Esquece. Éramos eu e Clara.  Todos os dias, todas as horas, das mais variadas maneiras. Na alegria das risadas, danças e descobertas. No desesperos dos choros sem motivo e dos colos em horas tensas.

Ter um filho é uma coisa. Ser mãe, tornar-se mãe, é outra completamente diferente. Depois do parto, jamais verei aqueles comentários cor de rosa sobre o nascer de um filho da mesma maneira. Para mim sempre foi algo intenso, explosivo, de 8 ou 80, de céu e inferno. Uma transformação tão violenta, que não é atoa que temos bons livros dizendo que é na maternidade que a  mulher se encontra com a própria sombra.

Maternar me deixou mais forte. Mais precisa. Mais prática. Mais intensa. Minha passividade foi colocada de lado para que eu aprendesse a finalmente dizer não, dizer não para tudo que me atingia ou poderia atingir minha filha e minha família. E isso foi incrível.

Julho/agosto foram meses um pouquinho mais serenos, assim como setembro, apesar da rotina apertada em que o grande desafio era coordenar tantas coisas a fazer com o tempo para o lazer pessoal e atenção para a família. E ai veio outubro... Ah, outubro, sempre foi meu mês preferido por que é o mês do meu aniversário. 29 anos. E esse outubro de 2014 foi um lesmão, parece que teve um ano inteiro dentro de um mês. Eleições. Debates políticos. Findas eleições. Aniversários. Mais tensão.

E chegou novembro. Com ele mais trabalho e tensão para deixar tudo pronto para o aniversário da Clara. Uma das grandes conquistas do ano foi fazer a festinha dela do jeito que a gente sempre sonhou. Foi uma vitória. E em novembro, comemoramos durante quatro dias seguidos - 22, 23, 24 e 25. Aniversário Clara, Aniversário do Papai, 2 anos de casamento civil, 2 anos de casamento religioso.

Encerrando, temos dezembro, outro mês que pareceu eterno. Cheio de problemas e parecia que não ia acabar nunca. Problemas que não eram nossos, diga-se de passagem e que tínhamos de resolver. Com tudo isso foi impressionante a paz que tivemos no natal e na passagem de ano.

Vencemos! Aprendemos! Crescemos!

Para 2015 desejo serenidade, paz, saber encontrar meu eixo com mais calma e menos turbulência. Curtir mais minha maternidade sem pressões e sabendo que como mãe, faço o melhor para minha filha. Quero um ano sem julgamentos, fofocas, invasões e atropelamentos que não são necessários. Menos tempestades em como d'água e mais alegria no pouco.

E bora viver 2015! Com fé, esperança e amor.

Com carinho,

Daniela


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